terça-feira, 13 de março de 2018


Mensagem da Diretora Geral da UNESCO
Por ocasião do Dia Internacional da Mulher


 Todos os anos, a 8 de março, a comunidade internacional celebra o Dia Internacional da Mulher. É uma ocasião para dar um enfoque particular, em todo o mundo, à luta pela igualdade entre homens e mulheres, e para lançar iniciativas de sensibilização que contribuam para uma mudança de mentalidades.

 A promoção da igualdade de género assume um grau de prioridade na UNESCO. Em todos os domínios do seu mandato - educação, cultura, ciência, comunicação e informação - a UNESCO está empenhada em incentivar o acesso das raparigas e mulheres a todos os setores de educação e formação, eliminando as barreiras que impedem o seu desenvolvimento pessoal e profissional, permitindo-lhes uma maior representação na vida cultural, científica e dos media. Seja através dos seus programas de alfabetização para jovens raparigas ou através do seu apoio a mulheres cientistas experientes, a UNESCO tem multiplicado as suas iniciativas para combater a discriminação da mulher e promover as suas competências e talentos.

Este ano, a Comissão da Condição da Mulher das Nações Unidas propôs destacar a participação e representação das mulheres nos media e nas tecnologias da informação e da comunicação.
 Um relatório recente salienta a diminuição das desigualdades no acesso aos meios de comunicação digitais de todas as populações do mundo. Contudo, esta tendência geral esconde uma outra tendência, no mínimo preocupante: o fosso crescente entre o número de homens e o número de mulheres com presença na internet. Em 2016, existiam mais 250 milhões de homens do que mulheres online.

 As mulheres não estão apenas “menos conectadas”, regra geral têm também menos formação na área das tecnologias digitais, tendo menos oportunidades de emprego no setor da alta tecnologia e, quando isso acontece, auferem um salário mais baixo do que os seus colegas do sexo masculino. Além disso, jornalistas, bloggers, escritoras, artistas e figuras públicas enfrentam, frequentemente, diferentes formas de violência na Internet e nas redes sociais, nomeadamente insultos, ameaças e assédio. Assim, para não estarem expostas a esta violência inaceitável, muitas mulheres preferem afastar-se do ciberespaço.

 A UNESCO está na vanguarda da luta contra a discriminação de género, desconstruindo os estereótipos que circulam nos media. Enquanto agência dedicada à informação e à comunicação, usa o seu mandato para liderar esta luta nos media e através deles.

Neste Dia Internacional da Mulher, a UNESCO lança, em colaboração com a Suécia, a iniciativa, lúdica e pedagógica “Editatona”, com o objetivo de aumentar a visibilidade das mulheres na Wikipedia, onde estão sub-representadas. Atualmente, apenas uma em cada seis biografias é dedicada a uma mulher. Numa tentativa de restabelecer gradualmente o equilíbrio, a sede da UNESCO irá acolher voluntários que, auxiliados pelos formadores da Wikipedia, elaborarão e publicarão biografias de mulheres cujo contributo para as áreas da cultura, educação e ciência é incontestável mas que ainda não tiveram a honra de ser destacadas por esta enciclopédia online.

 Esta iniciativa (que visa combater a violência simbólica que circula no espaço digital e mediático vem juntar-se a outros programas lançados pela UNESCO e pelos seus parceiros neste âmbito. Por exemplo, a iniciativa “As Mulheres Fazem as Notícias”, que já conta com 19 edições, é um encontro anual onde, durante um mês, de 8 de março a 8 de abril, chefes de redação, jornalistas, bloggers e o público em geral são convidados a fazer o “teste de igualdade de género" para medir o seu nível de consciencialização em termos de igualdade de género. Para esta ação, a UNESCO desenvolveu, conjuntamente com os seus parceiros, um valioso conjunto de "indicadores de igualdade de género".

A UNESCO apoiou igualmente a iniciativa "YouthMobile" de capacitação dos jovens em programação de aplicações móveis para smartphones, com vista à criação de soluções de desenvolvimento sustentável especialmente dirigidas às jovens que se encontram subrepresentadas neste campo tecnológico.

 A UNESCO apela a todos os atores e atrizes dos media a inspirarem-se nestas iniciativas, a proporem novas e a mobilizarem-se para o respeito de uma igualdade plena no espaço mediático.
                                                                                                                                   
                                                                                                                                        Audrey Azoulay

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

O Teatro veio à Escola…

Segundo dois estudos apresentados no Dia dos Namorados, 14 de fevereiro, da responsabilidade da UMAR e do Observatório da Violência no Namoro, mais de metade dos jovens com um relacionamento amoroso já tinham sido alvo de pelo menos um ato de violência no namoro.

Como Agrupamento Associado da UNESCO detemos uma responsabilidade acrescida na sensibilização dos alunos para a necessidade da existência de paz na rotina diária de cada um.

Nesse sentido, no dia 8 de fevereiro, em articulação com o Projeto Erasmus+, facultámos a um número elevado de jovens de diferentes faixas etárias o acesso, na Escola Sede, à assistência a dois espetáculos teatrais intitulados” Bullying – Uma história de hoje” e “ Marcas Violentas – Porque Namorar não é Magoar”.

Assim, com estas atividades pretendemos promover a reflexão sobre o impacto destrutivo dos atos de violência e encorajar os alunos a participarem ativamente na supervisão e denúncia de comportamentos violentos em quaisquer das suas formas.


              Aqui ficam algumas fotos de um destes espetáculos teatrais.


  















sexta-feira, 12 de janeiro de 2018





Dia Internacional dos Direitos Humanos





No passado dia 10 de dezembro, comemorou-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos, data instituída pelas Nações Unidas em 1948.
Como somos um Agrupamento Associado da UNESCO, foi nosso dever abordarmos esta temática com os nossos alunos e relembrarmos a necessidade de todos no sentido de os respeitar.
Nesse sentido, realizámos uma atividade simples e prática que consistiu no seguinte:

Cada turma enumerou 10 Direitos que considerou dever assistir a todos os cidadãos.
Posteriormente, os delegados e subdelegados das turmas contornaram com um marcador colorido os dedos de uma das suas mãos num painel e os seus colegas escreveram, em cada  dedo, um dos 10 Direitos selecionados.


Como podem apreciar, o efeito conseguido foi o seguinte:











                                                                      

                     












25 de novembro – Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres



Partilhamos convosco duas imagens que traduzem o resultado da atividade dinamizada.






f.m.DSC_0030.jpg






f.m.DSC_0029.jpg
























sábado, 9 de dezembro de 2017



 DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÂO DA VIOLÊNCIA       CONTRA AS MULHERES.

25 de novembro


Não obstante os progressos alcançados em diversas áreas, as mulheres continuam a ser vítimas, na nossa sociedade, de discriminação, de assédio sexual e de violência.
 Para assinalar esta efeméride, os elementos femininos da Escola Básica Irene Lisboa, Agrupamento Carolina Michaëlis, quiseram associar-se a esta comemoração e manifestar o seu repúdio por essas situações vexatórias de que muitas mulheres são alvo.
 Nesse sentido, promoveu- se uma atividade simbólica em que alunas, funcionárias e professoras se encontram representadas através do seu primeiro nome, manuscrito em cartolina de diversas cores, e exposto no átrio da escola.



 UNIDAS PELA ELIMINAÇÂO DA VIOLÊNCIA CONTRA  AS MULHERES!


terça-feira, 24 de outubro de 2017



Mensagem conjunta por ocasião do Dia Mundial do Professor

Ensinar em Liberdade, Capacitar Professores

5 de outubro de 2017

Os professores são fundamentais e contribuem para reforçar as sociedades a longo prazo – fornecendo a crianças, jovens e adultos os conhecimentos e competências necessários para alcançarem o seu potencial.
Todavia, um pouco por todo o mundo, muitos professores não têm a liberdade nem o apoio necessários para cumprirem a sua responsabilidade. É por este motivo que o Dia Mundial do Professor dedicado ao tema – “Ensinar em Liberdade, Capacitar Professores” – reafirma o valor da autonomia dos professores e reconhece os desafios que muitos têm que enfrentar nas suas vidas profissionais em todo o mundo.
Ser um professor capacitado significa ter acesso a formação de elevada qualidade, salários justos e oportunidades contínuas com vista ao desenvolvimento profissional. Também implica ter a liberdade para contribuir para o desenvolvimento de curricula nacionais – e a autonomia profissional para escolher os métodos e abordagens mais apropriados para a uma educação mais eficiente, inclusiva e equitativa.
Contudo, em muitos países a liberdade académica e a autonomia dos professores estão sob pressão. Por exemplo, nas escolas primárias e secundárias de alguns Estados, sistemas de responsabilização rigorosos colocam as escolas sob uma enorme pressão para atingirem bons resultados em testes estandardizados, ignorando a necessidade de se certificarem que o currículo-base vai ao encontro das diversas necessidades dos estudantes.
A liberdade académica é fundamental para os professores em todos os níveis educativos, mas é especialmente importante para os professores do ensino superior, apoiando a sua capacidade de inovação, exploração e atualização relativamente às mais recentes investigações pedagógicas. No ensino superior, os professores são frequentemente contratados a curto prazo, numa base de contingência, o que pode resultar numa maior insegurança laboral, em perspetivas de carreiras diminutas, carga de trabalho mais elevada e salários mais baixos – os quais podem restringir a liberdade e colocar em risco a qualidade da formação fornecida pelos professores.
Em todos os níveis educativos, as pressões políticas e os interesses económicos constituem uma ameaça à capacidade dos educadores ensinarem em liberdade. Professores que vivem e trabalham em países e comunidades afetados por conflitos e instabilidade enfrentam com muita frequência grandes dificuldades, incluindo intolerância, discriminação e outras restrições relacionadas com a investigação e o ensino.
Este ano comemora-se o vigésimo aniversário da Recomendação de 1997 da UNESCO relativa ao Estatuto do Pessoal Docente do Ensino Superior, que complementa a Recomendação da OIT/UNESCO de 1966 relativa ao Estatuto dos Professores. Em conjunto, estes instrumentos constituem o quadro de referência dos direitos e responsabilidades dos professores e educadores. Ambos focam a importância da sua autonomia e da liberdade académica na construção de um mundo onde a educação e a aprendizagem são verdadeiramente universais.
À medida que o mundo une esforços na concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, apelamos aos nossos parceiros governamentais e dos setores educativo e privado para que se empenhem na construção de uma força de trabalho educativa altamente qualificada, valorizada e capacitada. Esta é uma condição sine qua non para a realização do ODS 4, que visa a construção de um mundo em que todas as raparigas, rapazes, mulheres e homens tenham acesso a uma educação de qualidade e a oportunidades de aprendizagem ao longo da vida.
Isto significa assegurar condições laborais decentes e ordenados justos para todos os professores, incluindo os pertencentes ao ensino superior. Representa ainda prover os professores de formação e desenvolvimento. Implica aumentar o número de professores de qualidade, em especial nos países com um elevado número de professores não formados e remover as restrições à investigação e ao ensino desnecessárias, bem como defender a liberdade académica em todos os níveis educativos. Finalmente, significa aumentar o estatuto dos professores em todo o mundo para que o impacto que estes têm no poder da sociedade seja honrado e retratado.
Neste Dia Mundial do Professor juntem-se a nós no apoio a professores capacitados num ensino em liberdade, para que, por sua vez, cada criança e cada adulto seja livre de aprender – em benefício de um mundo melhor.

Irina Bokova, Diretora Geral da UNESCO
Guy Ryder, Diretor Geral da OIT
Anthony Lake, Diretor Executivo da UNICEF
Achim Steiner, Administrador do PNUD
Fred van Leeuwen, Secretário Geral Internacional da Educação