segunda-feira, 1 de julho de 2019

EXPOSIÇÃO PORTO ( CON ) VIDA


O Projeto Porto ( Con ) Vida contou, ao longo destes dois anos de existência, com a colaboração das disciplinas de Português, Francês, Inglês, Espanhol, Geografia, Matemática, Ed. Visual, Ed. Tecnológica, Tecnologias de Informação e Educação para a Cidadania, e com o envolvimento de várias turmas das Escolas Irene Lisboa e Carolina Michaëlis.


Os alunos trabalharam com empenho e os trabalhos resultantes revelaram, no geral, bastante qualidade, conforme se constata através das imagens abaixo facultadas.











sexta-feira, 17 de maio de 2019



por ocasião do Dia Internacional do viver juntos em Paz

16 de maio de 2019

Num mundo em que somos regularmente testemunhas de tensões, atos de ódio, rejeição dos outros e discriminação, a busca da paz e a vontade de viver juntos em harmonia é mais crucial do que nunca. A UNESCO e as Nações Unidas, no seu conjunto, esforçam-se diariamente para proporcionar às pessoas os meios para alcançarem a paz, não só porque a paz é um dos principais objetivos da Agenda 2030, mas também porque é uma condição prévia ao desenvolvimento sustentável e ao bem comum.

No entanto, a intensidade dos desafios que enfrentamos e a rapidez das mudanças que estão a perturbar o mundo, ameaçam a paz para qual estamos a trabalhar– as alterações climáticas, a mobilidade das pessoas, o aumento das desigualdades económicas, as transformações sociais e as revoluções tecnológicas. Estes desafios só terão uma resposta adequada através de um compromisso coletivo, e é por este motivo que, desde 2017, a 16 de maio, celebramos o Dia Internacional do Viver Juntos em Paz.
Neste dia, prestamos homenagem aos esforços desenvolvidos pela comunidade internacional para construir a paz e apelamos a todos os atores da sociedade para que trabalhem nesse sentido.
A compreensão mútua entre os povos de diferentes culturas é um elemento-chave para vivermos juntos em paz.

A UNESCO, fiel ao seu mandato de erguer os baluartes da paz na mente dos homens e das mulheres, está empenhada em promover as culturas e a diversidade cultural, com vista a fomentar o intercâmbio e a compreensão entre os povos, na medida em que cada cultura contribui para a construção da humanidade no seu todo.

Promover o diálogo intercultural para reforçar os valores, as instituições e as competências que promovem a paz é o objetivo da Década Internacional das Nações Unidas para a Aproximação das Culturas, liderada pela UNESCO. Esta Organização e o sistema das Nações Unidas, no seu conjunto, envidam esforços para reforçar a compreensão, as capacidades e a sensibilização neste domínio.
As competências, uma atitude recetiva e o conhecimento necessários para interagir de forma pacífica com pessoas de origens culturais diferentes estão, rapidamente, a tornar-se na competência-chave fundamental para todos.

Através da sua Coligação Internacional de Cidades Inclusivas e Sustentáveis (ICCAR), a UNESCO defende a solidariedade global e a colaboração para o desenvolvimento urbano inclusivo, livre de todas as formas de discriminação. É através da partilha de boas práticas, conhecimentos e experiências que as cidades da ICCAR aprendem com as iniciativas umas das outras e, subsequentemente, desenvolvem as suas próprias políticas e programas adaptados aos seus contextos locais, nas áreas da educação, habitação, emprego e cultura.

Este Dia Internacional oferece uma oportunidade para refletir em conjunto sobre formas e ações específicas para melhorar a convivência e promover um ambiente inclusivo, pacífico e sustentável a todos os níveis, para que a humanidade possa viver em paz. Como afirmou Martin Luther King: "Se queremos ter paz na terra, (...) os nossos compromissos devem transcender a nossa raça, a nossa tribo, a nossa classe e a nossa nação; e isso significa que devemos desenvolver uma perspetiva mundial ". Esteja certo de que a UNESCO está totalmente comprometida com esta missão.

Audrey Azoulay

quinta-feira, 25 de abril de 2019






Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO por ocasião do
Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor

23 de abril de 2019

Os livros permitem-nos olhar para o nosso mundo interior e, ao mesmo tempo, abrem o caminho para o respeito mútuo e a compreensão entre os povos, superando todas as fronteiras e diferenças.
Nestes tempos de instabilidade, os livros encarnam o engenho humano, dando corpo à riqueza da experiência humana, verbalizando a busca de sentido e de expressão que todos partilhamos, o que faz avançar todas as sociedades.
Os livros contribuem para unir a humanidade numa única família, com um passado, uma história e um património em comum, para construir um futuro partilhado em que todas as vozes serão ouvidas no grande coro das aspirações humanas. Os livros são os nossos aliados na difusão da educação, da ciência, da cultura e da informação em todo o mundo.
Os livros são também uma forma de expressão cultural que faz parte de uma determinada língua e vive através dela. Cada publicação é criada numa língua específica e destina-se a um grupo de leitores que fala essa língua. Assim, cada livro é escrito, produzido, trocado, utilizado e apreciado num determinado ambiente linguístico e cultural. Este ano destacamos a importância desta dimensão, uma vez que 2019 foi proclamado Ano Internacional das Línguas Indígenas, e será liderado pela UNESCO, para reafirmar o compromisso da comunidade internacional em apoiar os povos indígenas a preservarem as suas culturas, os seus conhecimentos e os seus direitos.
Este dia oferece uma oportunidade para refletirmos juntos sobre a melhor forma de difundirmos a cultura da escrita e fazermos com que todos os indivíduos, homens, mulheres e crianças tenham acesso à mesma.
É este espírito de inclusão e de diálogo que anima a cidade de Sharjah (Emirados Árabes Unidos), a qual se tornará Capital Mundial do Livro 2019, no Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor 2019. Sharjah foi selecionada em reconhecimento do seu programa “Leia – Está em Sharjah”, cujo propósito é alcançar as populações marginalizadas e propor-lhes ofertas criativas com vista a envolver as populações migrantes e atuar como uma “força motriz” de inclusão social, criatividade e respeito.
Com Sharjah, os nossos parceiros, nomeadamente a Associação Internacional de Editores, a Federação Internacional de Livreiros, a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias e toda a comunidade internacional, vamos unir-nos para celebrar o livro como manifestação da criatividade, do desejo de partilhar as ideias e o conhecimento e de promover a compreensão, o diálogo e a tolerância. Esta é a mensagem da UNESCO neste Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor.

Audrey Azoulay

quinta-feira, 21 de março de 2019


Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO
por ocasião do
Dia Mundial da Poesia
21 de março de 2019

Agarra a lua
e agarra uma estrela
quando não sabes
quem és
pinta a imagem na tua mão
e regressa a casa
[…]
Alcança a lua
fá-la falar
liberta a sua alma
fá-la andar
pinta a imagem na tua mão
e regressa a casa

Excerto de “Howlin at the Moon” de Wayne Keon

A poesia, em todas as suas formas, é uma poderosa ferramenta de diálogo e de aproximação. Expressão íntima que abre portas aos outros, enriquece o diálogo – fonte de todos os progressos humanos -  e tece laços entre as culturas.
Neste vigésimo aniversário do Dia Mundial da Poesia, a UNESCO traz à luz a poesia indígena para celebrar o papel único e poderoso da poesia na luta contra a marginalização e a injustiça, e na união das culturas num espírito de solidariedade.
“Howlin at the Moon”, de Wayne Keon (membro da Primeira Nação Nipissin, Canadá) evoca a usurpação indevida da cultura indígena por outras culturas dominantes. Este poema aborda o tema da perda da identidade nativa devido à sua reinterpretação por forasteiros, independentemente das suas boas intenções e, por conseguinte, a confusão do próprio autor no que respeita à sua identidade.
A poesia é importante para a salvaguarda de línguas frequentemente ameaçadas assim como para a preservação da diversidade linguística e cultural. Proclamado pela UNESCO como o Ano Internacional das Línguas Indígenas, o ano de 2019 reafirma o compromisso da comunidade internacional em ajudar os povos indígenas a protegerem as suas culturas, os seus conhecimentos e os seus direitos.
Esta designação surge num momento em que os povos indígenas, assim como as suas línguas e culturas, se encontram, cada vez mais ameaçados, em particular devido às alterações climáticas e ao desenvolvimento industrial.
De forma a salvaguardar as tradições vivas, a UNESCO tem envidado esforços para incluir diversas formas poéticas na Lista Representativa do Património Imaterial da Humanidade, exemplo disso são os Cantos Hudhud das Filipinas, a tradição oral do povo de Mapoyo da Venezuela, a Eshuva, preces cantadas na língua indígena Harákmbut do Perú e a tradição oral Koogere do Uganda.
Cada género de poesia é único, mas cada um reflete a universalidade da condição humana, o desejo de criatividade que atravessa todos os limites e fronteiras do tempo e do espaço, numa afirmação constante de que a humanidade é uma mesma e única família.
É este o poder da poesia!

Audrey Azoulay




Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO
por ocasião do Dia Mundial da Água
22 de março

O acesso à água potável constitui um direito fundamental que, associado ao acesso às instalações sanitárias, se torna uma alavanca do desenvolvimento.
No entanto, cerca de um terço da população mundial não beneficia de serviços fiáveis de abastecimento de água potável e apenas 40 % dispõe de serviços de saneamento fiáveis.
Por este motivo, este ano, o Dia Mundial da Água é subordinado ao tema “Não deixar ninguém para trás”, refletindo assim os compromissos audazes da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas.
A aspiração de chegar, inclusive aos mais vulneráveis, reveste-se de uma importância crescente, numa altura em que a degradação ambiental, as alterações climáticas, o crescimento demográfico e a rápida urbanização – entre outros fatores – se intensificam dificultando gravemente a segurança e o abastecimento de água.
Contudo, a água e o saneamento podem contribuir significativamente para a realização dos numerosos objetivos da Agenda 2030, quer se trate de segurança alimentar e energética, de desenvolvimento económico ou de sustentabilidade ambiental.
Dado que o acesso à água tem muitas repercussões, o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos deste ano, publicado pela UNESCO em colaboração com as entidades da ONU que se dedicam a esta matéria, foca-se no tema da eliminação dos obstáculos que dificultam o acesso à água, em particular para os mais desfavorecidos.
Este documento recomenda que a vontade política internacional seja impulsionada para se alcançar os marginalizados e lutar contra as desigualdades existentes, sejam elas socioeconómicas, de género, inerentes aos desafios específicos dos meios urbanos ou rurais, ou relativas a qualquer outro fator.
A necessidade de uma maior solidariedade internacional impõe-se, especialmente em certas regiões, como na África subsaariana e no sul da Ásia, onde o acesso aos serviços básicos como o abastecimento de água e o saneamento continuam em grande parte limitados.
Num mundo cada vez mais globalizado, as consequências das decisões relacionadas com a água atravessam fronteiras e afetam todos os povos, pugnando assim por uma governação global da água.
Neste Dia mundial da Água, a UNESCO reafirma o seu empenho em apoiar os governos nos esforços que envidam para permitir o acesso universal à água e ao saneamento, sem discriminação.
Ao dar prioridade aos mais necessitados, podemos construir comunidades mais resistentes, sociedades mais igualitárias e um mundo mais pacífico e sustentável.

Audrey Azoulay


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019




Quinzena de ativismo pela igualdade de género - 26 de novembro a 10 de dezembro
Todos diferentes, Todos iguais

No âmbito dos projetos Erasmus+ e Unesco, decorreu no nosso agrupamento, de 26 de novembro a 10 de dezembro, a Quinzena de ativismo pela igualdade de género, cujo lema foi. “Todos diferentes, todos iguais!”.

 Esta atividade norteou-se pelos seguintes objetivos:

·          Promover os valores da cidadania, mobilizando os jovens para o ativismo.
·          Sensibilizar os alunos para a defesa e promoção dos Direitos Humanos, entre os quais a igualdade de género.
·         Educar e formar para os valores do pluralismo e da igualdade entre homens e mulheres.
·         Estimular a criatividade e o trabalho colaborativo.

Durante a quinzena estiveram patentes exposições de trabalhos realizados pelos alunos do 2º e 3º ciclo, bem como múltiplas ações de sensibilização para o tema, dinamizadas pelo Dr. Jorge Freitas, da Universidade do Porto, pela enfermeira Patrícia Alves, pelas Dras Joana Lima e Manuela Silva, do Movimento Democrático das Mulheres, pela Dr.ª Isabel Malheiro, do ICBAS e pela Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a Sida” (Centro de aconselhamento e orientação de jovens do Porto). Estiveram envolvidos alunos de todas as escolas do Agrupamento, do 3º ao 12º ano de escolaridade!
Esta quinzena culminou com a Estafeta e a Caminhada pela igualdade, realizadas no Dia Mundial dos Direitos Humanos, 10 de dezembro.


Apreciem algumas fotos desta atividade

 :











segunda-feira, 10 de dezembro de 2018


Mensagem da Diretora-Geral da UNESCO,
por ocasião do
Dia Internacional dos Direitos Humanos

10 de dezembro de 2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos encarna a eterna aspiração da humanidade à liberdade, à justiça e à dignidade. Não é fruto de uma única cultura ou tradição, mas antes um alicerce que nos permite usufruir de uma vida plena, e a todas as nações do mundo viver em paz. Há 70 anos, as nações do mundo uniram-se para definir este conjunto de direitos humanos fundamentais, inalienáveis e universais.

A promessa inscrita no Ato Constitutivo da UNESCO de “assegurar a todos os homens o pleno e igual acesso à educação, a procura sem restrições da verdade objetiva e a livre troca de ideias e de conhecimentos” assenta nestes direitos. A nossa missão consiste em promover a paz e os valores humanistas no espírito dos homens e das mulheres através da educação, das ciências, da comunicação e da cultura. Esta missão é tão importante na atualidade como na época em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela comunidade internacional, numa altura em que o mundo se reconstruia a partir dos destroços e do trauma de duas guerras mundiais devastadoras.

A nossa ação visa alargar o direito à educação àqueles que foram deixados para trás, em particular as mulheres e as raparigas. Num momento em que o mundo se prepara para adotar dois novos pactos mundiais em prol dos direitos dos refugiados e dos migrantes, a UNESCO envida igualmente esforços para alargar as possibilidades educativas a essas populações.

Defendemos o direito à liberdade de expressão, denunciando os ataques perpetuados contra jornalistas e agindo para que a Internet continue a ser um espaço de diálogo aberto. Todos os indivíduos deveriam poder usufruir dos benefícios do progresso científico e das suas aplicações. O direito à água e ao saneamento, assim como a um oceano limpo que preserve os meios de subsistência, é de extrema importância para os direitos humanos e faz parte das nossas prioridades. A UNESCO compromete-se também a proteger e a promover a liberdade cultural fundamental, nosso património comum, assim como todas as formas contemporâneas de expressão, que constituem a manifestação suprema da nossa humanidade comum.

Infelizmente, uma vez mais na nossa História, os direitos humanos encontram-se em perigo. No mundo inteiro, é possível ver o quão facilmente podem ser derrubados por estereótipos desumanizantes e pelo aumento dos discursos intolerantes. Os conflitos, o extremismo violento e os desastres naturais podem semear o caos e pôr em risco os direitos das pessoas mais vulneráveis das nossas sociedades. As novas tecnologias, nomeadamente a inteligência artificial, também podem representar um perigo se não forem concebidas no pleno respeito dos direitos humanos. Temos que permanecer vigilantes para que os progressos realizados nos últimos 70 anos não sejam postos em causa, e fazer com que a UNESCO continue a ser o principal laboratório internacional de ideias para enfrentar estes desafios.

Eleanor Roosevelt, uma das principais autoras da Declaração Universal dos Direitos Humanos, declarava: “Ser humano não é apenas um direito, é um dever. Só assim poderemos contribuir de forma útil para a vida.” Neste importante aniversário, exerçamos todos este direito contribuindo assim para a realização dos direitos humanos para todos.


Audrey Azoulay