Mensagem da
Diretora-Geral da UNESCO,
por ocasião do
Dia Internacional dos
Direitos Humanos
10 de dezembro de 2018
A Declaração Universal
dos Direitos Humanos encarna a eterna aspiração da humanidade à liberdade, à
justiça e à dignidade. Não é fruto de uma única cultura ou tradição, mas antes
um alicerce que nos permite usufruir de uma vida plena, e a todas as nações do
mundo viver em paz. Há 70 anos, as nações do mundo uniram-se para definir este
conjunto de direitos humanos fundamentais, inalienáveis e universais.
A nossa ação visa
alargar o direito à educação àqueles que foram deixados para trás, em
particular as mulheres e as raparigas. Num momento em que o mundo se prepara
para adotar dois novos pactos mundiais em prol dos direitos dos refugiados e
dos migrantes, a UNESCO envida igualmente esforços para alargar as
possibilidades educativas a essas populações.
Defendemos o direito à
liberdade de expressão, denunciando os ataques perpetuados contra jornalistas e
agindo para que a Internet continue a ser um espaço de diálogo aberto. Todos os
indivíduos deveriam poder usufruir dos benefícios do progresso científico e das
suas aplicações. O direito à água e ao saneamento, assim como a um oceano limpo
que preserve os meios de subsistência, é de extrema importância para os
direitos humanos e faz parte das nossas prioridades. A UNESCO compromete-se
também a proteger e a promover a liberdade cultural fundamental, nosso
património comum, assim como todas as formas contemporâneas de expressão, que
constituem a manifestação suprema da nossa humanidade comum.
Eleanor Roosevelt, uma
das principais autoras da Declaração Universal dos Direitos Humanos, declarava:
“Ser humano não é apenas um direito, é um dever. Só assim poderemos contribuir
de forma útil para a vida.” Neste importante aniversário, exerçamos todos este
direito contribuindo assim para a realização dos direitos humanos para todos.
Audrey Azoulay
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