sábado, 28 de novembro de 2015

Dia Internacional da Tolerância – 16 de novembro


    Após os últimos atentados violentos, perpetrados por um grupo terrorista, em Paris, os quais provocaram enorme consternação em todo o mundo, a mensagem, abaixo transcrita, da Diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, proferida por ocasião do Dia Internacional da Tolerância, assume, assim, um significado ainda mais acutilante.

« A Tolerância é uma ideia nova de que precisamos mais do que nunca. Leva-nos a respeitar a diversidade das culturas, das maneiras de viver e de exprimir a nossa condição de seres humanos. É um requisito necessário à paz e ao progresso de todos os povos num mundo diversificado, cada vez mais interligado.
  A UNESCO nasceu há precisamente 70 anos, a 16 de novembro de 1945, Dia Internacional da Tolerância, apoiada na ideia de que as guerras podem ser evitadas se os povos aprenderem a conhecer-se melhor e compreenderem que na fecunda diversidade das suas culturas, é mais forte o que nos une que aquilo que nos separa. Estes princípios foram reafirmados há 20 anos, na Declaração de Princípios sobre a Tolerância, adotada pela UNESCO em 1995. Num mundo globalizado, atravessado por múltiplas culturas e origens, pelo fluxo das imagens e das informações sobre o Outro, a tolerância é a base da cidadania sustentável.
  A tolerância não é a aceitação passiva ou muda da diferença: é indissociável do respeito pelos direitos fundamentais. É um compromisso de cada dia para encetar os intercâmbios e o diálogo, apesar das dificuldades, apesar das incompreensões que podem alimentar o isolamento. É um apelo para exercermos o nosso olhar crítico sobre os preconceitos e ideias preconcebidas. Quando o extremismo violento difunde por todo o lado, no terreno e nas redes sociais, a sua lógica do ódio e da intolerância; quando se persegue, discrimina ou exclui seres humanos com base na sua religião ou na sua origem; quando as crises económicas agudizam as fraturas sociais e tornam mais difícil a aceitação do outro, minoria, estrangeiro ou refugiado; devemos oferecer outro discurso e dar a ouvir a mensagem aberta e exigente da tolerância. Devemos tornar mais visíveis as lições do passado e relembrar as atrocidades que resultam da rejeição do outro, o racismo e o antissemitismo.

  A diversidade é uma realidade, impele-nos a adaptarmos as nossas políticas e os nossos comportamentos, para os quais a tolerância é a chave. O mundo atual apresenta-nos justamente oportunidades consideráveis para melhor compreendermos o outro, partilharmos as nossas histórias, construirmos um espaço público à escala planetária, enriquecermos o nosso olhar e cruzarmos perspetivas. É um convite para fortalecermos a solidariedade intelectual e moral entre os povos, através da cooperação educativa, do diálogo das culturas, da partilha do conhecimento, da livre circulação da informação. A tolerância é um meio para construir a paz, e é também um acelerador de inovação e de criação que abre as nossas mentes para outras formas de ver o mundo. Esta missão fundadora da UNESCO não se decreta pelas leis e pelas declarações: apoia-se na vontade e nos esforços diários dos cidadãos do mundo que desenvolvem esta cultura de tolerância, e este dia é a ocasião para os apoiar ».

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

                       

Trabalhos realizados pelos alunos, alusivos ao S. Martinho




                                                       


                                               São Martinho – 11 de novembro



                                                


Contribuir para o enriquecimento cultural dos alunos, através do conhecimento e divulgação de lendas, costumes e tradições, provérbios, adivinhas, cantigas, gastronomia, caraterística desta comemoração, que integram o património cultural português, e, simultaneamente, sensibilizar os alunos  para a importância da  prática da Solidariedade no seu quotidiano, foram os objetivos que nortearam a abordagem desta temática.
Os interessantes trabalhos realizados foram expostos no átrio da Escola Básica Irene Lisboa.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015







MENSAGEM DA DIRETORA GERAL DA UNESCO
DIA INTERNACIONAL PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA
Construir um futuro sustentável: vamos unir-nos para pôr fim à pobreza e à discriminação
17 de outubro de 2015


Este ano, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza reveste-se de um carácter especial, no momento em que as Nações Unidas se encontram a adotar uma nova agenda mundial para o desenvolvimento sustentável até 2030. O objetivo fixado em 2000 para reduzir para metade a pobreza extrema no mundo até 2015, foi alcançado. A partir de agora, a nossa missão consiste em alcançar a erradicação total da pobreza em todo o mundo e em todas as suas formas.
A pobreza é uma realidade complexa, mas não é inevitável. É universal e afeta de igual modo tanto os países do Sul como os do Norte – mas em todos os continentes são as mulheres e as meninas as que mais sofrem. Além de enfraquecer aqueles que já são afetados por esta realidade, as alterações climáticas, a crise económica e financeira e os conflitos, fazem surgir novos pobres em todas as sociedades.
Para a UNESCO, a erradicação da pobreza, constitui uma pedra angular na luta pela defesa dos direitos humanos e a dignidade humana. A luta sustentável contra a pobreza supõe dotar todas as pessoas dos meios para alcançar a autonomia e afirmar-se como protagonista da sua própria vida, utilizando para isso as possibilidades oferecidas pela educação, a ciência a cultura e a informação. A educação de qualidade para todos, a possibilidade real que têm todas as pessoas em participar nas transformações sociais e na vida cultural e científica, representam incentivos poderosos para a autoestima, e constituem meios concretos de criar emprego e atividades geradoras de riqueza, baseando-se nos conhecimentos locais. Partilhando os benefícios derivados das investigações científicas, podemos melhorar as colheitas e a segurança alimentar e garantir o acesso à água na sua qualidade de bem público mundial. Pela liberdade de expressão, pelo debate público e o intercâmbio de informação, podemos aumentar a consciência social e o compromisso político necessários para superar esta violência.
Este é o sentido da ação da UNESCO. A inteligência humana, a criatividade e o talento dos povos são recursos renováveis por excelência, e podemos investir mais neles para definir as políticas económicas, sociais e culturais que nos permitam erradicar a pobreza e garantir a todas as pessoas o pleno exercício dos seus direitos, com dignidade e justiça social.
Irina Bokova

Diretora geral da UNESCO


 5 de outubro


Comemorou-se, no passado dia 5 , o Dia Mundial do Professor. 

Dada a eterna necessidade de valorizar  a profissão docente, decidimos aproveitar o dia para homenagear todos aqueles que fazem desta profissão uma das suas  razões de vida.  


quarta-feira, 30 de setembro de 2015



Comemoração do Dia Internacional da Paz


Os alunos da Escola Básica Irene Lisboa refletiram sobre a temática em epígrafe e sintetizaram o  seu pensamento numa pequena frase exposta, posteriormente, num painel, conforme se constata pela imagem abaixo apresentada.




sábado, 19 de setembro de 2015

MENSAGEM DA DIRETORA GERAL DA UNESCO POR OCASIÃO DO DIA INTERNACIONAL DA PAZ
21 de setembro

Parcerias para a Paz – Dignidade para Todos

Em 2015 comemoramos o Dia Internacional da Paz, ao lado do 70º aniversário da UNESCO. Durante 70 anos  a nossa mensagem tem sido a mesma. A paz deve ser construída na mente das mulheres e dos homens, tendo como base os direitos humanos, a dignidade, no âmbito da cooperação, na educação, nas ciências, cultura, comunicação e informação. A solidariedade e o diálogo, são as bases mais sólidas para a paz, guiadas pela igualdade, respeito e compreensão mútua.
Em tempos conturbados, quando todas as sociedades estão em processo de transformação, e a cultura é objeto de ataques, esta mensagem nunca foi tão importante. Este é um ano decisivo para o mundo já que os Estados definirão uma nova agenda mundial para o desenvolvimento sustentável. Esta, será uma agenda para a paz, através de alianças em todo o mundo e em todos os níveis da sociedade. Hoje, acredito que atualmente cada um de nós tem a responsabilidade partilhada de moldar um futuro melhor para todos, pela construção da paz, nas nossas vidas, todos os dias.
A paz é mais do que a ausência de conflitos armados entre os Estados e no interior dos mesmos. A mensagem do Congresso Internacional sobre a Paz na Mentes dos Homens, organizado pela UNESCO, em Yamoussoukro en 1989, foi clara: para promover uma cultura de paz é necessário construir um entendimento mútuo entre as comunidades, os grupos sociais e as pessoas. Hoje mais do que nunca, os direitos humanos e a dignidade têm de ser o nosso ponto de partida, e o diálogo deve ser a nossa ferramenta mais poderosa. Tendo presentes estes objetivos, a UNESCO lidera a Década Internacional para a Aproximação de Culturas (2013-2022), proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com o fim de promover a riqueza da diversidade cultural e construir novas pontes para o diálogo. Este mesmo espirito guia o novo quadro de ação integrado da UNESCO. “Capacitar os jovens para edificar a paz” que aspira a dotar as mulheres e os homens jovens de conhecimentos, competências e valores que os capacitem para viver uma vida pacífica, construtiva e produtiva e atuar como cidadãos do mundo responsáveis.
Nenhum Estado, por mais poderoso que seja, pode garantir a paz sozinho. Juntos, em parceria, podemos erguer os baluartes da paz nas mentes das mulheres e dos homens, -especialmente nas mentes jovens-, para promover novas relações de harmonia e compaixão para com os outros e o mundo.

                                                                                              Irina Bokova








Dia Internacional da Paz   -   21 de setembro

A UNESCO tem como missão principal promover uma cultura da paz, baseada na resolução não violenta dos conflitos, no respeito pela diversidade cultural e pelos direitos individuais, na tolerância e na liberdade de opinião.
A Comemoração do Dia Internacional da Paz tem como objetivo sensibilizar as pessoas para a necessidade da existência de paz, um bem precioso no mundo, e cada um de nós pode contribuir, no dia a dia, com pequenos gestos e atitudes passíveis de evitar conflitos: pedir desculpa, reconhecer os nossos erros, relevar palavras, às vezes duras, não insultar, não agir por impulso, de modo irrefletido e ignorante, ser generoso. Sorrir e perdoar, simplesmente…
Atualmente somos confrontados, através de notícias e imagens difundidas pelos órgãos de comunicação social, com um gigantesco drama social e humanitário: a migração de milhares de refugiados oriundos de países que se encontram em situação de guerra.
A violência não é uma expressão de justiça, de amizade, de felicidade. Estas promovem o acolhimento, a tolerância, o convívio, o estar junto para partilhar e aprender, para criar, desafiar e construir um futuro melhor. Esse desejo foi, até agora, o sustentáculo da nossa espécie — o que confirma e renova a nossa esperança.
 Em seguida, partilhamos algumas frases para que possam servir de reflexão
“ Como as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser construídas”,  in Constituição da UNESCO.
 “A paz precisa de existir na vida de cada pessoa. Não é o mundo que precisa de paz, são as pessoas. Quando as pessoas neste mundo estiverem em paz dentro de si, o mundo estará em paz”, Rawat, Prem.
“ Não existe um caminho para a paz. A PAZ é o caminho.”, Gandhi, Mahatma.
“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”, Jesus Cristo.
“ O coração que está em PAZ vê uma festa em todas as aldeias”, Provérbio Hindu.


  Ana Alves

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

MENSAGEM DA DIRETORA GERAL DA UNESCO POR OCASIÃO DO DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO


8 DE SETEMBRO


Todos os anos, no dia 8 de setembro, erguemos a bandeira da alfabetização como um direito humano, uma força para a dignidade humana e como uma base para sociedades coesas e para o desenvolvimento sustentável.
Esta mensagem é especialmente vital este ano, quando os Estados irão adotar uma nova agenda para a educação e desenvolvimento para guiar os próximos 15 anos. Promover a alfabetização deve permanecer no centro desta nova agenda. Ao capacitar os homens e as mulheres, a alfabetização ajuda no avanço para um desenvolvimento sustentável, para a melhoria dos cuidados de saúde e segurança alimentar, para a erradicação da pobreza e promoção do trabalho digno.
Tem havido progresso em todo o mundo desde o ano 2000, mas ainda permanecem desafios enormes. Hoje, a 757 milhões de adultos ainda faltam competências básicas de alfabetização - dois terços são mulheres. O número de crianças e de adolescentes fora da escola está em ascensão - 124 milhões em todo o mundo, enquanto a 250 milhões de crianças do ensino primário, estão a falhar as competências de alfabetização básica.
Nós não podemos permitir que esta situação continue. A alfabetização é essencial para atingir a meta de desenvolvimento sustentável proposto para promover uma "educação inclusiva e equitativa de qualidade e uma aprendizagem ao longo da vida para todos."
Esta é a mensagem da UNESCO no Dia Internacional da Alfabetização. Para permitir que todos os homens e mulheres participem plenamente nas suas sociedades, precisamos de maior investimento e de políticas mais eficazes para incorporar a ação para alfabetização dentro de políticas de desenvolvimento mais amplas, apoiadas por mecanismos inovadores que gerem sinergias positivas através de todas as áreas da política que são vitais para construir sociedades mais justas e coesas. Isto é essencial para todos os esforços, para construir um futuro melhor para todos, com base nos direitos humanos e na dignidade humana.


Irina Bokova

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE - 12 DE AGOSTO
MENSAGEM DA DIRETORA GERAL DA UNESCO



O Dia internacional da juventude é uma oportunidade para celebrar a força criativa e o ímpeto inovador que os jovens trazem para cada sociedade.

O tema deste ano – "Participação cívica da juventude" – enfatiza o papel desempenhado pela participação e inclusão dos jovens na construção da coesão social e bem-estar coletivo. De empreendedores sociais a jornalistas, de trabalhadores voluntários a membros de organizações comunitárias, os jovens contribuem para moldar a sociedade e conduzi-la no sentido de renovação política, cultural e económica.

Temos de apoiar sua participação cívica em todos os níveis, começando por reconhecer que os jovens formam um grupo social separado com características específicas e expectativas. O envolvimento cívico é uma forma de explorar este potencial para enriquecer ainda mais a sociedade, os direitos humanos e permitir que as condições de vida melhorem para todos.

Esses objetivos estão no centro dos projetos da UNESCO, para oferecer aos jovens, o espaço e as competências que precisam desenvolver, e que se reflete em todas as sociedades.

Esse é o espírito do projeto da UNESCO para reforçar as redes da juventude no Mediterrâneo. Os jovens devem ser considerados os condutores da mudança e não só os beneficiários ou alvos. Isso envolve reforçar os intercâmbios e a cooperação entre as gerações, para garantir que os jovens estão realmente envolvidos no desenvolvimento das políticas que lhes são destinadas. O 9º Fórum da juventude da UNESCO, a realizar em outubro, irá fornecer uma plataforma única para transmitir esta mensagem, e convido os jovens de todo o mundo a participar e fazer ouvir a sua voz, para moldar a ação dos líderes mundiais. Estas vozes carregam a esperança de metade do planeta, para um futuro sustentável para todos.

                                                                                                                   Irina Bokova

sexta-feira, 26 de junho de 2015


                                           
“ À Descoberta do Outro”

   No terceiro período, algumas turmas do 6º e 9º anos do Agrupamento realizaram trabalhos subordinados ao tema «O Património da cidade do Porto», no âmbito da disciplina de Educação Visual.
    Deu-se também continuidade aos percursos na Cidade Invicta, da responsabilidade da disciplina de Geografia, e à poesia cabo-verdiana, esta última abordada nos diversos anos do 3º ciclo e no Secundário.
   O tema da alimentação, conteúdo programático da disciplina de Ciências Naturais do 9º ano, foi também objeto de pesquisa e de trabalho de pares por parte dos alunos de quatro turmas da Escola Irene Lisboa, tendo sido dada especial atenção aos pratos tradicionais do Porto e de Cabo Verde. Como forma de promover a interdisciplinaridade, também foi construída a Roda dos Alimentos e trabalhadas as ervas aromáticas, no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica, pelos alunos do 7º ano.
   No âmbito da disciplina de Matemática, foi proposto aos alunos do 6º e 8º anos a realização de um trabalho subordinado ao tema “ O Porto e as Isometrias”.
   A tradicional festa de S. João foi abordada, também, em algumas turmas do 2º e 3º ciclos, em Educação Tecnológica e Educação para a Cidadania, respetivamente.
   Como habitualmente, os trabalhos estiveram patentes em exposição.

   Partilhamos alguns convosco para que os possam apreciar.









segunda-feira, 4 de maio de 2015



Encontro Nacional da rede de Escolas Associadas da UNESCO

Nos dias 18 e 19 de abril, decorreu, em Coimbra, na Escola Secundária D. Duarte, o 14º Encontro Nacional da Rede de Escolas Associadas da Unesco que contou com a presença de representantes de dezassete escolas do Continente, uma da Madeira e outra dos Açores, duas escolas secundárias de Cabo Verde, dois centros de formação de professores, assim como representantes da Comissão Nacional da Unesco, a Secretária Executiva da Rede SEA de Cabo Verde e a respetiva Coordenadora, e a representante da Comissão Nacional de Angola para a UNESCO.
 A receção dos participantes foi da responsabilidade de um grupo de alunos do Curso Profissional de Animação Cultural daquele estabelecimento de ensino.
Após a sessão de abertura e dadas as boas-vindas, efetuou-se, sob orientação do Professor Doutor Francisco Pato Macedo, uma visita guiada com palestra ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, inserida na celebração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, subordinada ao tema “Conhecer, Explorar, Partilhar”.
Após o almoço, iniciaram-se as comunicações, as quais transmitiram a realidade da escola representada.
Os temas abordados foram diversos. Destacam-se, no entanto, o Desenvolvimento Sustentável, os Direitos Humanos, o Holocausto, o Diálogo Multicultural, a Solidariedade e o Património Subaquático.
Foram notórios o entusiasmo e o empenho pelo trabalho desenvolvido bem como o espírito de partilha que tão bem caraterizam todos aqueles que pertencem à rede de Escolas Associadas da UNESCO.

terça-feira, 28 de abril de 2015

2015 - Ano Internacional da Luz 

Concurso para a Rede de Escolas Associadas da UNESCO

    O trabalho abaixo apresentado integra-se na categoria 2º e 3º ciclo do Ensino Básico, subordinado ao tema “ Os faróis- a sua importância no desenvolvimento das civilizações” e é da autoria da aluna Rita da Conceição Ramos do 8º ano, turma Bi.
   Lamentamos o facto de ter sido a única concorrente do Agrupamento. Por isso, a Rita está de parabéns!

     Descobertas inesperadas


    
    O dia da partida, em direção à casa de praia do meu avô, amanheceu lindo, o sol brilhava. A luz radiante que este emitia penetrava por entre as janelas transparentes de vidro cristalino, as nuvens espaireciam no céu como penas brancas e suaves, e ouvia-se o chilrear dos passarinhos que voavam rasgando o céu esbelto e azul. 
     Estava a acabar de fazer as malas e arranjar-me para passar umas belas férias, apenas eu e o meu avô, até que alguém interrompe o silêncio com um buzinar, era a minha boleia...
     - Rita, não te demores! Eu combinei com o teu avô que estarias em casa dele antes do almoço! Hmm...e traz-me a garrafa de água, que está em cima do balcão da cozinha, para bebermos durante a viagem... – gritava a minha mãe apressadamente a ver se não nos esquecíamos de nada...
    Durante a nossa viagem de carro não se falou nada de nada, apenas se ouvia a música da rádio a tocar e a voz da minha mãe a sussurrar, pensando para si mesma se iríamos chegar a tempo do almoço. 
    Depois de termos feito muitos quilómetros e algumas paragens, apercebi-me que estávamos a pouco tempo de chegarmos, pois tinha avistado uma placa que dizia “Palmeiras 8 km”. Era a praia onde o meu avô vivia com a minha avó, mas esta já tinha falecido há menos de três meses com leucemia. O tempo passa a voar...mas ainda me lembro do que ela me dizia : “ Vive um dia de cada vez, pois amanhã já não voltarás a vivê-lo”. Ela era uma senhora muito simples, não se importava de usar qualquer trapo,  já que tudo lhe agradava. Eu admirava muito esta minha avó! Tinha resposta para tudo como se soubesse sempre o que lhe iriam dizer. Era ainda uma pessoa muito culta...sabia todos os provérbios que existiam.
     Tínhamos acabado agora mesmo de chegar...tanta preocupação para nada! Era apenas meio dia, a hora em que o meu avô costumava acabar de fazer o almoço e preparar tudo.
      Mal saí do carro, comecei por apreciar aquela linda e doce paisagem que me rodeava...aquele sítio, sim, era o meu lugar favorito,  por isso é que eu gostava tanto de passar férias ali.
       - Vem-me já ajudar com as malas! – ordenou a minha mãe.
         Quando peguei na minha bagagem, reparei que o meu avô olhava pela janela da cozinha para ver se já teríamos chegado. Foi então que lhe comecei a acenar, até que nos avistou e foi abrir a porta.
        Entrei e reparei logo que a casa estava na mesma, não tinha mudado nada desde a última vez que lá estivera. O hall com fotos do meu avô com a avó, outras com eles e os restantes membros da família. A sala, a cozinha e os quartos com aquele cheiro a bafio e a ferrugem de serem antigos, e ainda várias coleções como pinturas, objetos valiosos, ( joias, copos de cristais, discos, livros...) os quais possuíam, por cima deles,  uma grande acumulação de pó...   
      Tínhamos acabado de almoçar todos juntos e a minha mãe já se ia embora para descansar, porque, no dia seguinte,  era dia de trabalho.
     Ficámos apenas nós, eu e o meu avô, no sofá, a ouvir rádio, pois eu sabia que o meu avô detestava ver  televisão...ele sempre foi um homem muito conservador, tal como era a minha avó que gostava de ler um bom livro de poesia e, depois de o ter lido todo, adorava declamá-lo às outras pessoas.
     Quando anoiteceu, a minha mãe telefonou a dizer que a viagem de regresso tinha corrido muito bem. Logo depois fui dar um beijinho de boa noite ao meu avô, pois estava muito cansada da viagem que tinha sido muito longa.
    Mal  me deitara na cama, adormeci que nem um pedra, mas a meio da noite acabei por acordar com o som dos navios que seguiam uma luz branca, forte e cintilante que parecia mover-se e  se encontrava apontada para o mar. Fiquei curiosa, pois nunca tinha visto nada assim.
    Discretamente, vesti-me e calcei-me, mas quando ia a sair, apercebi-me que precisava de uma lanterna, estava demasiado escuro. Então fui buscá-la à garagem, lá sim, deveria haver uma. Entrei  e vi a lanterna que estava em cima de um armário cheio de caixas, por isso peguei no escadote e abri-o para lá chegar. Como já tinha o que queria, fiz-me ao caminho sem que o meu avô soubesse e segui a luz. Quando finalmente me aproximei, reparei que o que me cegava era um farol, cuja luz guiava e orientava todos os barcos que passavam por aquela zona. Este era comprido, possuía umas riscas largas em branco e vermelho, no cimo tinha uma divisão parecida com uma cúpula em vidro, onde se encontrava a tal luz, e, por fim, no cimo de tudo, uma “antena” em forma de “chapéu”. Enquanto o observava atentamente, apercebi-me que na sua lateral se encontrava uma pequena porta. Então, decidi entrar e assustei-me, pois eram dezenas e dezenas de escadas, parecia-me que nunca mais acabavam. Depois de uma breve hesitação, acabei por subi-las, até que, finalmente, cheguei ao compartimento onde se encontrava a grande “lâmpada” que emitia a luz branca. Dali a paisagem do mar era magnífica e conseguiam-se avistar todos os barcos que por ali passavam. Ao olhar para o meu lado direito, vi uma caixa com um livro intitulado “Diário de Alfredo Ramos”. Cheguei à conclusão que era o diário do meu avô dos tempos de marinheiro. Ali estavam descritas todas as suas grandes aventuras que tivera por entre mares, os seus sonhos, as suas dificuldades e obstáculos...  Enquanto desfolhava o livro, uma página deste chamou-me a atenção, lá dizia que o meu avó foi o faroleiro e cuidou daquele  farol ao longo daqueles anos todos.
    Começou a amanhecer e a luz do farol desligou-se. Eu tinha que ir para casa antes que o meu avô acordasse, por isso levei o diário, pois sabia o quanto este deveria ser importante para ele.  Comecei a correr até chegar ao destino.
    Mais tarde, na hora do almoço, perguntei ao meu avô se alguma vez tivera um diário, ele respondeu que sim, mas que já não sabia dele. Mal acabou de dizer estas palavras, entreguei-lho e disse-lhe: “Espero que gostes”. O meu avô muito surpreso agradeceu- me. Passou o resto do dia a falar das suas grandes aventuras e explicou que, desde a Antiguidade, eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite a servir de faróis e que estes foram concebidos para avisar os navegadores da aproximação de terra, ou de porções de terra, que irrompiam pelo mar adentro.
      As fontes de alimentação da luz foram melhorando, tendo o azeite sido substituído pelo petróleo e pelo gás, e posteriormente, pela eletricidade. Paralelamente, foram inventados vários aparelhos óticos, que conjugavam espelhos, refletores e lentes, montados em mecanismos de rotação, não só para melhorar o alcance da luz, como para proporcionar os períodos de luz e obscuridade, que permitiam distinguir um farol de outro. Acrescentou ainda que cada farol tem a sua individualidade dada pela luz que emite, pela forma como é transmitida e pelo sinal sonoro difundido.
     Aquelas férias serviram para ficar a conhecer ainda mais o meu avô e   compreender a importância dos faróis para a arte de navegar.



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Atividades realizadas no 2º período

“ À Descoberta do Outro”

No decurso do segundo período, os alunos do Agrupamento dos 1º, 2º e 3º ciclos abordaram temas relacionados com a cidade do Porto, nomeadamente a origem do seu topónimo, que deu o nome a Portugal, da designação de “ Cidade Invicta”, o início da sua formação, o seu centro histórico, zona classificada pela UNESCO como Património Mundial, e procederam à recolha de lendas do Porto.
Relativamente a Cabo Verde, no estudo efetuado sobre a atividade vulcânica como uma manifestação da dinâmica interna da Terra, os alunos do 7ºano deram especial atenção ao vulcão da Ilha do Fogo, cuja erupção recente provocou enorme destruição, e construíram belos e imaginativos exemplares de vulcões. Os do 9ºano pesquisaram a biografia de alguns poetas desse país.
     Os trabalhos inter/ multidisciplinares realizados sob orientação de alguns professores de Português, História, Ciências Naturais, Educação para a Cidadania e Educação Tecnológica foram expostos na Escola Sede e na Escola Irene Lisboa para dar conhecimento dos mesmos a toda a Comunidades Escolar.





Dia mundial da Poesia – 21 de março

Esta data foi comemorada nos dias 19 e 20, na Escola Irene Lisboa e na Escola Carolina Michaëlis, respetivamente, numa cerimónia organizada conjuntamente pelos docentes de Português e pelas bibliotecárias das duas escolas. Constou, entre outras atividades, da declamação de poemas de autores portugueses e cabo- verdianos.



   Ana Alves


sexta-feira, 6 de março de 2015



    8 de março                                                    





                Ao comemorarmos mais um dia internacional da mulher, perpassam, na nossa memória, alguns nomes de mulheres de várias gerações, portuguesas e estrangeiras, que se destacaram pelo seu espírito de liderança e tenacidade, pela defesa dos direitos das mulheres, pela divulgação da cultura, na luta pela liberdade, e em diversas outras áreas.
 Há muitas outras, anónimas, que sofrem e lutam no seu quotidiano pela sobrevivência. E são todas essas mulheres, que percorrem um caminho árduo e difícil, as destinatárias, neste dia a elas dedicado, da nossa singela homenagem, através de dois poemas, um inédito, escrito por uma mulher a quem a vida tem exigido um fôlego acrescido, e outro bem nosso conhecido.

Ana Alves

Mulher
Mulher deusa e escrava,

Semente de dor e de amor.

Sons melódicos

De fim de tarde,

Indolentes de cansaço,

gritos  guerreiros,

Quando dos seus se trata.

Dela se esquece

E aos outros se engrandece

Imprescindível estrela

Nas noites escuras

Deste caminho……

M. Vilas Boas


Calçada de Carriche

Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada. 


Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.


Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada. 
Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas,
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu da sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada


. Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,;
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada;
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce a calçada,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga
. Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
António Gedeão, in Poesias Completas

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Dia Internacional da Língua Materna



Com a aquisição e aperfeiçoamento da Língua Materna, o indivíduo perceciona a realidade que o rodeia, comunica com os outros, toma consciência de si mesmo, estrutura a sua personalidade, organiza o seu pensamento, acede ao conhecimento, integra-se e participa na sociedade.
A expressão Língua Materna remete-nos para a relação uterina, o cordão umbilical que une o indivíduo à sua língua, que é para ele objeto de afetividade. A língua é a nossa mãe, o nosso lugar de origem. É também «a nossa Pátria», conforme diz Fernando Pessoa.
Amemos e fruamos a nossa língua materna!

        E é com este hino à Língua Portuguesa que comemoramos este dia tão especial.

    (… ) «Floresça, fale, cante, ouça-se e viva
             A portuguesa língua, e já, onde for,
             Senhora vá de si, soberba e altiva» (…)
                                   
                                    António Ferreira


A Coordenadora Ana Alves

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dia 27 de janeiro – Dia Internacional de Comemoração das Vítimas do Holocausto 



 Helga Weiss, sobrevivente de Theresienst, Auschwitz e outros campos de concentração nazi, hoje com 85 anos de idade, afirma na sua obra «O Diário de Helga»:

 “ Eu posso ter sobrevivido ao campo de extermínio, mas seus cheiros, sons e horrores nunca vão me deixar. A dor não vai embora”. 

 Como se sabe, apesar das condições adversas, houve uma grande produção artística nos campos de concentração. 
 O músico Ilse Weber, prisioneiro em Theresienstadt, legou-nos a seguinte composição musical, pungente e triste: 

 Ich Wandre Durch Theresienst

 Ich wandre durch Theresienstadt,
 Eu caminho por Terezín, 
das Herz so schwer wie Blei. 
o coração pesado como chumbo.
 Bis jäh mein Weg ein Ende hat
 De repente meu caminho tem um fim
 dort knapp an der Bastei.
 lá próximo ao bastião.
 Dort bleib ich auf der Brücke stehn
 Lá fico parado sobre a ponte 
und schau ins Tal hinaus:
 e vejo pelo vale afora: 
Ich möcht so gerne weitergehn,
 Eu queria tanto seguir em frente,
 ich möcht so gern nach Haus.
 Eu queria tanto ir para casa.




 E dado que se comemora, este ano, setenta anos do fim da II Guerra Mundial, a partilha das fortes emoções sentidas, naquele dia, por todos quantos viveram e sofreram nos campos de concentração nazis, contribua para uma consciencialização da importância da Tolerância, da Paz e da Liberdade.

 (…) «Mauthausen capitulou, a paz chegou até nós. «Paz», repito para mim mesma, e todos os nervos do meu corpo tremem sob esta palavra como uma corda. (…) A minha mãe levanta-se – onde é que ela foi buscar as forças, de repente? - , penduro-me no seu pescoço e, entre beijos, derramo, rejubilante, a palavra com que sonhamos há anos. A palavra que só nos permitíamos dizer no canto mais secreto do nosso ser e que temíamos pronunciar em voz alta. Aquela palavra sagrada que contém tantas coisas belas, inacreditáveis: livre- arbítrio, liberdade. O fim da tirania, da miséria, da escravidão, da fome. Hoje posso pronunciá-la em público, sem tremer; hoje, tornou-se realidade.»


 In « O diário de Helga», Weiss, Helga

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

  Este blogue tem como objetivo divulgar regularmente as atividades resultantes da implementação do projeto “ À Descoberta do Outro…”, e aquelas que  se realizam no âmbito do Sistema de Escolas Associadas da Unesco.





Dia Internacional da Paz








O Dia Internacional da Paz, declarado por Kofi Annan, em 1981, como um dia de trégua e de cessar- fogo, comemora-se, desde então, a 21 de setembro.
Assiste-se, atualmente, ao proliferar de conflitos armados e tensões em várias partes do globo, como é o caso da Ucrânia, cuja crise já desalojou 260 mil pessoas e onde o número de mortos chega a três mil; da Síria, que provocou já a morte a mais de 100 mil pessoas, do Iraque, da Faixa de Gaza, do Mali, do Sudão, entre outras.
Verifica-se um denominador comum a toda esta violência: o desprezo pela vida humana!
A paz é um bem precioso. É preciso não só criá-la, mas também lutar por ela no nosso dia a dia com pequenos gestos e atitudes: ser tolerantes, respeitar o outro com as suas qualidades e defeitos, aceitar a diferença, dialogar para resolver as discordâncias.
Mas a paz não é só ausência de guerra ou de conflitos. Para haver paz é preciso haver justiça social, liberdade, pois um cidadão ou um povo oprimido não vive em paz.
Que a leitura de dois poemas de duas grandes figuras das nossas letras possa servir de reflexão e de uma maior consciencialização de todos para a importância da PAZ, um bem almejado por toda a Humanidade!



A Coordenadora: Ana Alves



A Paz sem Vencedor e sem Vencidos 


Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Dual'




Ode à Paz 



Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,


Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exatidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
             deixa passar a Vida!


Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)"


À Descoberta do Outro...


No decurso do primeiro período, os alunos do Agrupamento encetaram laços de amizade com os colegas cabo-verdianos da Escola Secundária Constantino Semedo, através do envio de cartas.
Aderiram, entusiasticamente, a esta iniciativa vinte e três turmas do 5º ao 10º ano de escolaridade, sendo treze da Escola Irene Lisboa e dez da Secundária Carolina Michaëlis.
Para presentear os seus novos amigos, os alunos deram largas à imaginação, e elaboraram postais de Natal e marcadores de livros alusivos ao tema da Amizade.

Para consultar alguns destes trabalhos carregue na imagem abaixo apresentada.




Um olhar sobre a cidade do Porto

Porto, Baluarte da Liberdade, Capital do Trabalho, Invicta e Leal Cidade, Património da Humanidade, Capital da Cultura, são apenas alguns títulos de que se orgulham todos os portuenses e que, por certo, serão, posteriormente, objeto de abordagem por parte dos alunos.
Entretanto, a turma do 12º TGP recolheu imagens dos locais e monumentos mais emblemáticos da nossa cidade a fim de os dar a conhecer aos seus amigos da Escola Secundária Constantino Semedo.




Exposição

No final do primeiro período, organizou-se uma exposição, nas Escolas Irene Lisboa e Carolina Michaëlis, com uma mostra das atividades desenvolvidas pelos alunos, no âmbito do intercâmbio cultural estabelecido com Cabo- Verde.